“A vida dos justos está nas mãos de Deus.”(Sab 3,1)
A ANEC louva a Deus por todo o trabalho realizado pela Ir. Maria do Rosário Leite Cintra em favor da Igreja e da vida das crianças e adolescentes menos favorecidos, solidarizando-se com as Filhas de Maria Auxiliadora pelo seu falecimento e renovando a esperança nas promessas divinas de ressurreição dessa querida Irmã que já se encontra junto de Deus.
Ir. Maria do Rosário se tornou um símbolo da Pastoral do Menor. Impulsionada pelo Espírito Santo e pelas conclusões da Conferência de Medellín, dedicou-se à dimensão social, buscando um novo jeito de ser Igreja. “Salesianamente, dirigiu-se para os jovens pobres, abandonados da FEBEM, atendendo ao pedido de Dom Paulo Evaristo Arns e de Dom Luciano Mendes de Almeida” e, assim, colaborou na elaboração do Manual sobre a Liberdade Assistida, implantando sua operacionalização. Contribuiu na Pastoral do Menor, desde a criação da sua primeira sede na região Belém de São Paulo, expandindo-se posteriormente para todas as regiões episcopais, atingindo as Dioceses do Estado de São Paulo e, aos poucos, as do Brasil.
Atuou significativamente na elaboração, na divulgação e na defesa do “Estatuto da Criança e do Adolescente” (ECA) e, também, para a fundação do “Instituto para o Desenvolvimento Integral da Criança e do Adolescente” (INDICA), desenvolvendo ações, formando agentes socioeducativos e mantendo um rico acervo histórico da caminhada pelos Direitos da Criança e Adolescente e suas Famílias, tendo, hoje, uma dimensão nacional e internacional.
Divulgou a Pastoral do Menor no Brasil, na América Latina, na Europa e, também, no Vaticano, expondo o trabalho com Menor de Rua com um grande testemunho de lutas políticas sociais e de acolhida incondicional as crianças e suas famílias.
Conforme palavras da Ir. Maria do Rosário: “O nosso trabalho é de misericórdia. Nós percebemos que a Pastoral do Menor é a Pastoral da Misericórdia, que o menino, ao invés de ser condenado, deve ser tratado pelo educador com espírito de misericórdia.” E, assim, as crianças e adolescentes eram acolhidos e amados, por ela, com a dignidade dos filhos de Deus.