O ministro da Educação, Mendonça Filho, apresentou os desafios da pasta e as principais ações em curso para enfrentá-los durante o Encontro Caixa 2017, promovido pela Caixa Econômica Federal, nesta quinta-feira, 9, em Brasília. A participação se deu no painel Educação e Saúde, ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Mendonça Filho destacou a aprovação do novo ensino médio, votado na quarta-feira, 8, pelo Senado Federal e que aguarda a sanção presidencial. Na visão do ministro, ao lado da conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a reforma trará avanços na educação pública do país.
“O princípio da reforma é uma educação de nível médio mais flexível, em que 60% do conteúdo será definido pela BNCC, e a oferta pelas redes estaduais de educação dos itinerários formativos tradicionais, que são ciências humanas, da natureza, matemática, linguagem, e uma quinta opção que é a formação técnica”, disse. “Enquanto o Brasil tem apenas 8% das matrículas do ensino médio vinculadas ao ensino técnico, na Europa, supera 40%”.
O ministro também afirmou que, embora o orçamento da Educação seja um dos mais altos da Esplanada, com R$ 139 bilhões para este ano, é preciso garantir a qualidade do ensino. Avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), revelam o baixo rendimento do país, que ficou em 59º lugar no ranking mais recente.
Para Mendonça Filho, isso ocorreu por problemas anteriores de gestão, ao priorizar o investimento em educação superior em detrimento da educação básica, que, em suas palavras, “sempre foi uma das grandes mazelas da educação pública do nosso país.” O ministro reforçou que é preciso não apenas aumentar o investimento, “mas fazer com que cada centavo retorne em qualidade na educação de todos os brasileiros”.
O ministro observou ainda a importância da parceria com a Caixa Econômica Federal na execução de programas como o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que atende cerca de 2 milhões de estudantes em todo o país. Parte da arrecadação das loterias administradas pelo banco são destinadas ao Fies, especialmente os prêmios de valores baixos não reclamados por seus respectivos ganhadores no prazo de três meses.
Fonte: MEC