E foi durante as pesquisas de mestrado e doutorado que um projeto ganhou força: a construção de um software que não só ajudasse os professores em sala de aula, como também os alunos, melhorando o desenvolvimento deles ainda na educação infantil. “O intuito era entender as potencialidades das crianças e auxiliar os professores para o ensino da criança com essa síndrome a estimular a coordenação motora, o desenvolvimento cognitivo, a linguagem da matemática e a interação na sala de aula”, explica Pontes. “E o software se mostrou um instrumento eficaz com qualquer criança, inclusive com as com síndrome de Down e outras síndromes. ”
Chamado de “Papado”, o software é gratuito e pode ser usado pelos alunos em sala de aula e em casa, com a ajuda do pais. “É uma ferramenta simples feita em flash e contém exatamente aquelas atividades de matemática do ensino médio do ensino fundamental”, conta o professor.
Rafael dá detalhes do desempenho que observou ao longo da pesquisa: “No caso da síndrome de Down, o software superou as minhas expectativas. Até no apoio, a coordenação motora ele foi importante. O aluno interagia com o software por meio do mouse. Então, quando ele conseguia se apropriar do uso do mouse, já era um grande avanço no seu desenvolvimento cognitivo e motor”.
Jogo – O aplicativo se assemelha a um jogo interativo, característica que, segundo Rafael, deixa o aprendizado mais lúdico. “É possível gostar de matemática quando ela é ensinada de forma mais atrativa”, destaca. “Isso permite ao aluno interagir com o professor. Quando ele acerta, o professor aplaude; quando ele erra, emite-se um som de estímulo para que ele tente novamente. Isso dá uma sensação de pertencimento. ”
Planejando atender toda a rede pública de ensino fundamental do estado do Amapá, Rafael conversou com outros professores e alunos durante a pesquisa, testando e validando a aplicação do projeto ao longo do período de experiência. “Os professores usaram o aplicativo dentro do laboratório, com computador e Datashow, e projetaram em sala de aula”, conta. “A ideia é exatamente essa, conhecer as dificuldades dos professores e desenvolver soluções tecnológicas para apoia-los em sala de aula. ”
A tecnologia faz parte do banco de objetos educacionais do MEC e pode ser baixada gratuitamente, no endereço http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte: MEC