Investir na formação de professores, na alfabetização e na flexibilização do ensino médio estão entre as ações prioritárias do Ministério da Educação para transformar a educação brasileira. Durante a abertura do seminário Desafio Brasil, Discutindo
Problemas e Pautando Soluções, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 18, o ministro da educação, Mendonça Filho, defendeu a união em torno da educação para o Brasil avançar.
“É um quadro que exige da nação, não só do poder público, mas da sociedade como um todo, ações concretas para encaminhar medidas para transformar essa realidade”, afirmou. De acordo com o ministro, apesar de ser uma das maiores economias do mundo, o Brasil apresenta uma educação que não corresponde ao seu estágio de desenvolvimento econômico. “É verdade que houve avanços; o Brasil conseguiu, de certo modo, universalizar o acesso à educação e ao ensino fundamental, porém, no ensino médio, está longe do que deve ser razoável.”
Para o ministro, é preciso fortalecer o sistema de cooperação na educação para desenvolver a educação infantil e incluir cerca de 700 mil crianças para universalizar o acesso. “Ao mesmo tempo, precisamos melhorar a questão da alfabetização, já que quando você tem uma criança mal alfabetizada isso vai comprometer toda sua vida educacional.”
Mendonça Filho também destacou a formação do professor. “Há necessidade de reforçarmos as políticas públicas de formação de professores no Brasil”, afirmou. “O professor exerce uma função fundamental no sucesso do setor educacional; por isso, precisamos qualificar, remunerar e, ao mesmo tempo, valorizar os professores nas redes municipais e estaduais.”
Médio — No ensino médio, Mendonça Filho destacou a necessidade de mudanças no sistema, que tem uma alta evasão, com mais de 1 milhão de jovens fora das salas de aula. “O Brasil tem um modelo inflexível, que não apresenta sinergia com a realidade do aluno e o protagonismo é pouco relevante. É um modelo ultrapassado.”
Fonte: MEC