O analfabetismo recuou em todas as regiões do Brasil e em todas as faixas etárias. A taxa de analfabetismo caiu de 8,7% em 2012 para 8,3% em 2013, considerando a população com 15 anos ou mais. Se a comparação for estendida para os últimos 10 anos, verifica-se avanço ainda mais significativo: a taxa diminuiu de 11,5% em 2004 para 8,3% em 2013.
Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013, divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A apresentação contou com a participação dos ministros da Educação, Henrique Paim, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
Conforme o ministro Henrique Paim, é preciso considerar a história da educação brasileira para analisar estes resultados. Em 1950 um em cada dois brasileiros era analfabeto, relação que diminuiu de um para quatro em 1980 e de um analfabeto para cada 12 brasileiros em 2013.
Paim destacou que a taxa de analfabetismo na faixa dos 15 aos 19 anos, que caiu para 1% em 2013, é um resultado a ser comemorado. “Significa que o Brasil não está produzindo mais analfabetos, que fechamos a torneira. Isso demonstra o acerto das políticas públicas do governo federal, articuladas com estados e municípios”, afirmou o ministro.
Escolarização – A taxa de escolarização registrou avanço em todas as faixas etárias, com destaque para a faixa dos quatro aos cinco anos de idade, que passou de 78,1% em 2012 para 81,2% em 2013. De acordo com o ministro da Educação, o desempenho reflete as políticas de expansão da educação infantil. Entretanto, Paim reconhece que há desafios a serem superados em relação às demais faixas etárias. A pesquisa indicou ainda que, no ano passado, 98,4% da população entre os seis e os 14 anos frequentava a escola.
Anos de estudo – O levantamento indicou aumento na média de anos de estudo em todas as regiões brasileiras. A média nacional passou de 7,5 anos em 2012 para 7,7 anos no ano passado, tempo que é ainda maior entre as mulheres, atingindo 7,9 anos. Comparando às estatísticas dos anos 2000, a média saiu de 6,1 anos de estudo em 2001 para 7,7 anos em 2013, o que corresponde a um acréscimo de 26%.
A Pnad, elaborada anualmente, tem como base 362.555 entrevistas realizadas em 1.100 municípios de todos os estados e Distrito Federal em 2013, abordando temas como população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MEC