Com alegria e gratidão a ANEC Nacional celebra com os camilianos os 400 anos da morte do santo fundador, ocorrida em Roma, em 14 de julho de 1614. Quatro séculos de distância não apagaram a atualidade da mensagem vivida e transmitida por São Camilo. Sobretudo pelo caráter humano de sua pessoa, mas também, porque em sua espiritualidade se cumprem os principais requisitos para sua credibilidade e duração no tempo: clara inspiração evangélica, dimensão apostólica e capacidade de conduzir seus seguidores à santidade.
Na biografia de S. Camilo existem experiências e momentos que marcaram sua vida e deram também uma configuração especial à sua espiritualidade. Desde a pobreza material, a chaga crônica no peito do pé direito, a vida sem rumo e o vazio interior: parece que tudo estava predisposto para um encontro que foi adquirindo forma e gerando nova vida.
Grande na estatura, gigante na caridade! Assim podemos definir Camilo. Mestre da contemplação de Jesus nos enfermos, reformador hospitalar, primeiro a priorizar o doente e a humanizar os agentes de saúde. Cuidador do físico e da alma. A Igreja proclamou São Camilo padroeiro dos doentes e dos encarregados da enfermagem.
Em visita a um hospital para dependentes químicos, legado da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o Papa Francisco, em 24 de julho de 2013, fez a seguinte metáfora sobre São Camilo: “santuário do sofrimento humano”. Segundo D. Edson de Castro Homem, bispo auxiliar do Rio de Janeiro , “Importa compreender o alcance do significado da expressão do papa e traduzi-lo em práticas cuidadoras, de sorte que nenhum hospital ou casa de saúde seja depósito de pessoas como se elas fossem coisas.”