O senador também apresentou 17 recomendações para o aperfeiçoamento do programa. Entre outras sugestões, o senador aconselha que seja intensificada a parceria com o setor privado e aponta a necessidade de criação de mecanismos de avaliação quantitativa e qualitativa do programa.
“A manutenção de um programa de mobilidade internacional, de que o Brasil não pode abrir mão, precisa ser acompanhada de investimentos, por fontes públicas e privadas, no desenvolvimento de projetos de pesquisa e nos laboratórios das universidades e demais instituições científicas nacionais. Trata-se de medida fundamental para garantir que os ganhos de programa dessa natureza não fiquem restritos ao nível pessoal, mas que sejam compartilhados com outros estudantes e pesquisadores”, acrescentou o senador no relatório.
O documento foi lido pelo senador Lasier Martins (PDT-RS) durante a reunião presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Recomendações
Promover a continuidade do Ciência sem Fronteiras
Assegurar que o programa se configure como política de Estado, e não apenas de governo
Intensificar a busca de parcerias com o setor privado
Em relação às bolsas no exterior, conferir prioridade à concessão de bolsas de pós-graduação
Promover a aproximação direta entre universidades brasileiras e estrangeiras
Introduzir critérios de equidade na concessão das bolsas do programa, com o cuidado de evitar que aspectos socioeconômicos afastem os melhores estudantes
Estudar a possibilidade de criação de programas de financiamento parcial ou de financiamento na modalidade de empréstimo, no caso de estudantes com melhor nível socioeconômico
Ampliar os incentivos para a vinda de professores e pesquisadores estrangeiros
Intensificar ações transversais envolvendo os diversos setores da administração pública
Ampliação do número de bolsistas do Ciência sem Fronteiras em universidades e instituições de pesquisa mais bem avaliadas
Reforçar a capacitação das agências de fomento na elaboração dos projetos de pesquisa
Oferecer maior suporte para o acompanhamento acadêmico e emocional dos bolsistas
Promover análise mais criteriosa das atividades acadêmicas oferecidas pelas instituições selecionadas
Identificar as razões do não aproveitamento dos créditos feitos nos estudos no exterior
Prioridade à criação de mecanismos de avaliação quantitativa e qualitativa do programa
Incentivar as universidades a criar iniciativas próprias de avaliação dos resultados
Ampliar os investimentos públicos e privados na criação e modernização de laboratórios das universidades e centros de pesquisa nacionais.