A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) no estado de Manaus participou na última sexta-feira (7), da primeira audiência pública sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro realizado em Manaus teve a participação de várias órgãos e entidades do setor educacional, assim como especialistas e trabalhadores da área da sociedade civil.
Segundo matéria divulgada no site do MEC, foi dito na audiência pelo secretário estadual de educação do Amazonas, Arone Bentes, da necessidade de valorizar os aspectos culturais e regionais em todo o país, não somente na educação amazonense. O secretário lembrou ainda que qualquer documento que vise reger a educação básica fundamental precisa da participação do estado. Ele afirmou ainda que a secretaria de educação tem interesse e o intuito de colaborar com os debates sobre a BNCC, para que o estado possa se nortear nas ações educacionais.
As audiências irão ocorrer em outros estados, o último será em setembro em Brasília. Para acompanhar as audiências e saber de outras informações acesse: http://cnebncc.mec.gov.br/
Com informações do MEC
Confira abaixo alguns depoimento das associadas do norte que estiveram presentes na audiência pública da BNCC em Manaus
Foi um grande prazer participar desta primeira audiência pública da BNCC em Manaus. Afirmo ter aprendido muito com a ANEC com a contribuição das Professoras Roberta e Elis, durante os vídeos conferencias e momentos de estudo, além de citar o empenho e dedicação da secretária executiva em Manaus Lídia Monalisa, das professoras Marilia e Leslye junto com a equipe pedagógica do Colégio Santa Dorotéia. Foram momentos significativos de estudo e trabalho dedicados à educação. A acolhida de nossas escolas católicas faz a diferença e por isso resultou em um momento importante para todos nós quando o representante do MEC Sr. Ricardo nos ouviu e valorizou nosso trabalho, além do reconhecimento e contribuição das escolas católicas para educação brasileira com a simpatia do representante do CNE César Callegari ao acolher os alunos e professores do CEST e Ir. Edwirgens.
Faço referência à gratidão a partir do que está escrito em Filipenses 4:8 – “Tudo que é verdadeiro, tudo que é amável, tudo de que se fala bem, tudo que é virtuoso e tudo que é digno de louvor, continuem a pensar nessas coisas”. Com isso, quero Agradecer a dedicação de cada um que participou desse processo e continua se dedicando a educação como obra de Deus pois certamente terá sua recompensa.
Muito OBRIGADA ANEC!
Profa. Alice Melo- Diretora Pedagógica do Colégio Preciosíssimo Sangue
O CEST marcando presença na audiência pública que hoje se realiza em Manaus, quer trazer para o espaço público a voz de nossos educandos, pais e educadores, representantes da comunidade educativa, expressando nossa consciência cidadã e o comprometimento com a construção de uma nova política pedagógica, como instituição de educação católica e Salesiana, onde os saberes serão valorizados a partir da realidade dos alunos que são o centro de todo o processo educacional, garantindo – lhes o direito à uma educação de qualidade, que promova a autonomia, a responsabilidade e a determinação das crianças, adolescentes e jovens que hoje estão sendo formados como PROTAGONISTAS DO AMANHÃ.
Ir. Edwirges Souza – Diretora Institucional Centro Educacional Santa Teresinha
Parabéns para todos Educadores Católicos do Norte❣
Agradeço também o trabalho incansável da Lidia Monalisa, nossa Secretária Executiva da ANEC-AM, que conjuntamente com nossas Queridas Profª. Roberta e Elis, foram imprescindíveis no suporte ao desenvolvimento e participação da ANEC- Norte nesta Audiência.
Obrigada a todos os presentes, Professora Leslye e Alice, Ir. Edwirges do CEST que organizou tão significativa presença da Comunidade Educativa, assim como todos os outros Educadores, que robustamente reafirmam a presença e o testemunho da Educação Católico no Brasil de excelência!
#JuntosSomosMais
Marília Castro Lopes – Conselheira da ANEC AM – CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Quando escuto a pergunta: “Por que tudo isso? Por que marcar presença numa audiência com uma pauta que obviamente não terá mudanças?” Mais dentro de mim cresce a certeza de que, sim, é importante estarmos presentes como Educação Católica. Não para defender bandeira ou ideia proselitista, mas para trazer para a roda de conversa, nas interações sociais e governamentais, nosso jeito de ser e fazer Igreja no espaço da escola, nosso chão teológico… Potência geradora de homens e mulheres novos, capazes de diálogo, de acolhida do outro, do respeito mútuo e da atenção para as fragilidades humanas…
Queremos entrar na roda de conversa com nossa identidade, nossos valores e anseios de um mundo melhor. Poderíamos estar sob outras bandeiras, ampliando nosso olhar e comungando com mais outros valores. Mas por que não podemos estar simplesmente sendo nós, Educação Católica, também presente nas estruturas de um SINEPE, de um CEE ou CNE, nas estruturas governamentais? Também queremos ser lembrando pelo que somos, acreditamos e potencializamos…
Mesmo que alguns espaços e instâncias não nos ouçam, impossível será não nos ver. E verão escolas unidas, dando-se as mãos, marcando presença, para destacar: “sim, estamos aqui, queremos discutir, refletir, rezar a vida… Não estamos aqui para defender projeto político partidário, mas projeto político pedagógico…”
Foi uma conquista de todas as escolas católicas esta presença nas audiências. Uma conquista como Educação Católica, como ANEC, como Igreja. Uma instância governamental abriu-nos espaço e reconhece nosso papel. Não somos melhores ou piores, somos, simplesmente, nós, escolas católicas. Assim, como os demais, temos o que dizer, o que pensar, o que partilhar…
Se tudo isso terá efeito? Depende de sua perspectiva. A nossa é a perspectiva do semeador. Acreditamos na potência das sementes lançadas no chão… O efeito mais político que podemos observar de imediato é a nossa mobilização e articulação, a qual, no universo cristão, chamamos de comunhão, e, no mundo contemporâneo tecnológico, chamamos de sinergia. Este é o primeiro fruto: a comunhão de carismas das escolas católicas por um bem comum. Quantos aos outros frutos, só o Espírito Santo e os terrenos, bons ou não, para favorecer o crescimento de tais sementes lançadas. A nós, cabe-nos estreitar as mãos e dançar a ciranda da amizade e solidariedade.
Por isso, alegro-me com os que estão neste momento na audiência em Manaus. Os semeadores do dia de hoje. E nós, das várias partes do Brasil, estamos também a preparar nossas sementes para o momento certo da semeadura…
E antes que nos perguntem “qual a importância de tudo isso?”, responderemos: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena.” (Fernando Pessoa)… Qual o tamanho de sua alma? Qual a largura de sua semeadura?
Abraço de Luz!
Viva as escolas católicas e seu projeto e sua missão!
Elisângela Dias Barbosa – Coordenadora de Projetos Pastoral – ANEC Nacional