Os desafios e as contribuições da educação católica foram discutidos no I Congresso Baiano de Educação Católica, realizado pela ANEC, no dia 10 de setembro de 2015, no auditório do Instituto Social da Bahia (ISBA). O evento reuniu diretores, coordenadores, professores e representantes de instituições de ensino, que refletiram sobre o tema “Educar na Instituição Católica: vocação, desafios e oportunidades”.
De acordo com o conferencista do congresso, o professor e doutor Paulo Fossati, a educação católica se caracteriza pela preocupação em anunciar o Evangelho. “A educação católica, muito mais do que um projeto apenas formal, é uma proposta de vida, é um modo de viver, de nos colocarmos e de nos posicionarmos no mundo, enquanto pessoas e comunidades que vivem os valores do Evangelho”, afirmou.
Dentre os objetivos do congresso está a reunião das instituições de ensino básico, médio e superior para a formação de uma rede regional da ANEC Entre os sub-temas do congresso estão a relação do consumidor na educação, questões de gêneros, contribuição cristã, família, administração e mantenedoras, docência e sala de aula.
Segundo o padre Maurício Ferreira, reitor da Universidade Católica do Salvador (UCSal) o congresso é a primeira de outras iniciativas que serão adotadas a gente quer fortalecer esse caminho de unidade católica. “Educação não é só uma tarefa de ensinar equações e ensinar a ler e a escrever. A educação não é só uma tarefa técnica, ela também é uma arte e por isso ela envolve tanto uma sabedoria nascida da experiência técnica, quanto daquela que é a experiência da vida”, disse o padre Maurício Ferreira, reitor da Universidade Católica do Salvador (UCSal).
Educação evangelizadora
A educação brasileira tem passado por um processo de mudanças e adaptações, gerando inúmeros desafios para os educadores. Um deles, segundo Paulo Fossatti, é garantir a preparação para a vida, a partir de experiências, e não apenas um bombardeamento de informações. Durante a conferência, o professor apontou, ainda, a necessidade de as instituições católicas de educação trabalharem em rede. “O que as pessoas vão precisar para a vida é muito mais do que conteúdo para passar em uma universidade federal. A educação católica tem todas as razões para continuar existindo”, disse.
Para o frei Ronaldo Marques Magalhães, o encontro foi fundamental para avaliar a forma de trabalho nas escolas. “O congresso nos ajuda a pensar em como podemos realizar um trabalho melhor com os jovens, seja como professor ou como diretor espiritual, além de ajudar a adquirir mais conhecimentos e como lidar com alunos e professores”, disse.
Já o diretor do Colégio Salesiano, padre Eliano Queiroz, a oportunidade é uma porta que se abre para um encontro entre educadores que, como irmãos, buscam uma educação evangelizadora. “Queremos formar homens e mulheres, bons cristãos e honestos cidadãos. Precisamos de pessoas que não apenas respondam perguntas, mas que sejam capazes de propor questões. Essa é a nossa principal contribuição: entregar bons homens e mulheres à sociedade”, disse.
Fonte: Site Arquidiocese de São Salvador Bahia
Fotos: Sara Gomes