Com o objetivo de discutir as mudanças educacionais que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe e qual o impacto dela no processo de avaliação da Educação Básica, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) promoveu a I Reunião Ampliada da Câmara de Educação Básica da ANEC, no auditório do Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Brasília.
A reunião que teve como tema “Toda criança tem o Direito de Aprender: a BNCC e o processo de avaliação da Educação Básica” teve como palestrantes o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), prof. Francisco Soares, a diretora de Avaliação da Educação Básica do Instituto de Pesquisa Educacionais (INEP), Luana Bergmann e o diretor de Programa da Secretária Executiva do Ministério da Educação, prof. Ricardo Corrêa. Para conduzir a mesa foi convidado o presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal, prof. Álvaro Domingues.
Na oportunidade, professor Francisco Soares iniciou a fala pedindo maior união entre as escolas Católicas e disse que se assim acontecer o país só tem a ganhar nas questões educacionais. Soares ao falar sobre a BNCC afirmou que quem pensa em BNCC, pensa em direito. Prof. Soares explicou que a educação é dividida em três ordens, tais como: cognitiva, atitudinais e de valores e defendeu que a BNCC pretende abranger essas três dimensões. “O grande desafio da educação é os alunos saírem da escola com conhecimento, entretanto é essencial que saiam com valores”, afirmou o membro do CNE.
Já a diretora de Avaliação da Educação Básica do INEP, Luana Bergmann transcorreu sobre avaliação. Na oportunidade afirmou que é dever da escola identificar as habilidades dos alunos, e que a matriz processual é para o dia-a-dia do professor em sala. “O papel do Inep é desenhar e redesenhar as políticas públicas baseadas nas evidencias, ou seja, nos dados que são colhidos. Pela realidade existente de cada região o INEP irá desenhar políticas específicas a partir dos problemas que surgem”, explicou.
Prof. Ricardo Corrêa explanou também sobre a BNCC e explicou detalhadamente o processo de construção do documento. Afirmou, na ocasião que a BNCC está prevista desde a constituição de 88 e que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) retomou esse compromisso e o Plano Nacional de Educação (PNE) reforçou ainda mais a necessidade de se ter uma base curricular. Corrêa afirmou que a Base não é currículo, é uma meta. Para ele a Base não resolve o problema da educação no país e não chegará ao resultado esperado caso não passe por diversos processos, como a formação continuada e outros. Afirmou ainda que a Base orienta as políticas educacionais.
O evento que contou com mais de 50 participantes foi destinado aos diretores, assessores educacionais e equipe técnica pedagógica das instituições de ensino.