Para grande número de candidatos a uma vaga em universidades particulares, o sonho de cursar uma graduação esbarra em dificuldades para quitar a mensalidade do curso. Por isso, instituições particulares costumam oferecer bolsas de estudo para apoiar a permanência desses estudantes.
Bolsa de estudos
Além de descontos pelo pagamento em dia das mensalidades, as universidades particulares também concedem bolsas parciais ou totais para os alunos.
As instituições fazem uma avaliação socioeconômica dos matriculados que pediram o abatimento, que, em geral, varia de 50% a 100% do valor das parcelas, se a renda familiar for de até três ou 1,5 salário-mínimo, respectivamente. Contudo, para manter a bolsa, os beneficiados têm de obter bom rendimento acadêmico.
Outra modalidade de bolsa pode ser adquirida a partir do resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para classificação dos candidatos. A nota mínima para participar do Programa Universidade para Todos (Prouni), financiado pelo governo federal, é de 450 pontos. As bolsas são voltadas para alunos egressos de escolas públicas ou particulares em que foram bolsistas.
A renda per capita dos candidatos às bolsas do Prouni em instituições particulares, que também podem ser parciais ou integrais, não pode ultrapassar 3 salários-mínimos. No segundo semestre do ano passado, foram oferecidas 125,5 mil bolsas pelo programa. O processo seletivo é aberto duas vezes por ano.
Financiamento estudantil
Além disso, as universidades também dispõem de programas de financiamento e oferecem taxas de juros mais competitivas aos universitários. Uma das modalidades adotadas por várias instituições é o PRAVALER.
Por meio desse programa, as mensalidades são divididas em duas parcelas e podem ser pagas em até o dobro do tempo do curso. Para contratar esse financiamento não é exigida pontuação mínima no Enem, com a possibilidade de uso em qualquer momento da graduação.
Para contratar, é preciso ter um garantidor que comprove renda de pelo menos um salário-mínimo. Além disso, a renda do estudante deve corresponder a 2,5 vezes o valor da mensalidade a ser paga.
Incentivo federal
Para apoiar a entrada e a permanência de estudantes em universidades particulares, o governo federal abre vagas para assinatura de contratos para o financiamento de cursos de graduação em todo o País, por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em 2016, 203,2 mil contratos foram firmados em 1.550 instituições de ensino superior particulares.
Um dos requisitos para se candidatar ao financiamento é ter obtido pelo menos 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação. Além disso, os candidatos devem comprovar que a renda da família é de até três salários-mínimos. Os pedidos são feitos pela internet no portal SisFies. O aditamento dos contratos é realizado em todos os semestres.
Os juros do Fies são de 6,5% ao ano. Enquanto estiver cursando a graduação, os estudantes pagarão a cada três meses até R$ 150 referentes à incidência desses juros. A página do Fies lista as instituições que aderiram ao programa em que é possível saber se há financiamento disponível para o curso desejado.
Após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência para começar a pagar o financiamento. Nesse período, deve continuar pagando, a cada três meses, o valor de até R$ 150, referente aos juros que incidem sobre o financiamento. O pagamento restante do valor do curso é parcelado em até três vezes o período de duração da graduação.
Fonte: Portal Brasil