Na última quinta-feira, dia 10, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) realizou o terceiro “Encontro de Gestores da ANEC-PR”, para tratar da deliberação sobre inclusão. O evento ocorreu no Colégio Social Madre Clélia em Curitiba com a parceria das editoras FTD e Paulinas e contou com a presença de 50 participantes de varias instituições de ensino.
A pauta do encontro foi divida em três momentos: Palestra sobre a deliberação de inclusão; interação com os participantes sobre o assunto, apresentação de propostas para a realização do dia ANEC-PR/ 2017 e criação de GT de Gestão de Pessoas, Ensino Superior, Curtas na Educação e Inclusão.
O evento iniciou com uma breve reflexão espiritual conduzida pela Ir. Maria do Socorro Cunha, que acolheu os participantes. O tema central foi “Deliberação sobre a Inclusão” com a palestrante Naura Muniz, que iniciou ao falar das contribuições feitas pelo Conselho Estadual de Educação do estado do Paraná.
No começo da apresentação a palestrante reforçou a seguinte frase: “somos todos iguais na diferença”. Segundo Naura, o conceito de educação inclusiva deveria atender a todos de acordo com sua especificidade. Para ela, o documento sobre a deliberação não é claro a respeito do projeto político pedagógico, onde coloca que todos devem ser alfabetizados, mas, nem todos têm capacidade para ser alfabetizados. É preciso acolher e garantir o aprendizado ao longo da vida para desenvolver talentos, potencialidades e habilidades segundo as condições pessoais, tais como: características, interesses e necessidades de aprendizagem. Um dos princípios que define o documento é a educação, o que não significa somente acesso a ela, mas também, que essa seja de qualidade e garanta que os alunos aprendam. Naura explica que a educação especial perpassa todos os níveis e tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos educandos, considerando suas necessidades educacionais específicas.
No projeto político pedagógico, segundo Naura, deve se tomar cuidado para não colocar o que não poderá ser cumprido, e que não dificulte a aprendizagem dos alunos, e o desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula. É necessário colocar limites no que é possível a ser realizado pela escola, pois é um ambiente de educação e não hospitalar. O projeto político pedagógico deve ter uma avalição inicial do aluno e ao longo do processo será realizada pela equipe interna, junto a equipe multiprofissional e interdisciplinar com atendimento de toda a demanda da SEE.
Naura, também esclareceu alguns pontos relativos aos custos financeiros para atendimento aos alunos com necessidades especiais, como as instituições devem distribuir nos centros de custos para evitar implicações futuras. Para dar continuidade aos trabalhos, foi constituído um GT INCLUSÃO, sob a coordenação do Grupo Bom Jesus e Rede Sagrado.
Antes do termino do encontro foram constituídos os dois GTs, com as respectivas coordenações:
GT GESTÃO DE PESSOAS, sob a coordenação do Grupo Marista e colégio Medianeira, cujo objetivo é criar sinergia nos temas de RH, por meio de troca de experiências entre as escolas vinculadas à ANEC, para criar sinergia e referenciais nas estratégias e boas práticas na Gestão de Pessoas;
GT CURTAS NA EDUCAÇÃO, sob a coordenação do Grupo Marista e Colégio Medianeira. Esse projeto tem como objetivo projetar e dar visibilidade para a ANEC/PR, seguindo o modelo da ANEC/RGS. A partir de um concurso de vídeos referentes ao tema da Campanha da Fraternidade, na organização de ações de reflexão, divulgação e premiação, junto ao poder legislativo.