A segunda etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), apelidada de “Pronatec 2.0”, vai ofertar 12 milhões de vagas gratuitas em cursos técnicos a partir de 2015. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) pela presidente Dilma Rousseff, em solenidade de lançamento da ação que contou com a presença do ministro da Educação, José Henrique Paim, e do ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante.
No início do discurso, a presidente destacou os mais de sete milhões de jovens matriculados no programa, índice que reforça uma das características do Pronatec, cuja meta é levar ensino profissionalizante de qualidade para todo o País.
“Até o fim do ano, serão oito milhões de jovens e de trabalhadores matriculados no Pronatec. Um desempenho que nos incentiva a lançar a segunda etapa do Pronatec, que oferecerá 10 milhões de vagas em 220 cursos técnicos e em 646 cursos de qualificação a partir de 2015”, disse a presidente.
Segundo Dilma, a segunda etapa é a sequência lógica e o desdobramento natural da primeira fase do programa. Será mantido o compromisso com a oferta de cursos de alta qualidade, mas o objetivo é facilitar cada vez mais o acesso à política pública. Além disso, o programa manterá a gratuidade e trabalhará para ampliar a oferta de cursos. A meta é atingir mais de quatro mil cidades em todo o território brasileiro.
“Ao oferecer conhecimento e novas técnicas ao trabalhador, o Pronatec qualifica a indústria, reduz a exigência e o dispêndio com treinamento dentro das empresas, aumenta a produtividade e amplia a renda de todos. Ganham os jovens e trabalhadores, ganham as empresas, ganha o Brasil”, afirmou Dilma Rousseff.
Pronatec no âmbito do Brasil sem Miséria
A reserva de vagas para estudantes inscritos no Cadastro Único de Políticas Sociais nos cursos de qualificação profissional tende a continuar. A primeira fase do Pronatec atingiu até o momento 1.230.000 (um milhão e 230 mil) matrículas, 23% acima da meta originalmente prevista.
“Nesta segunda etapa do programa, vamos incluir, em todos os cursos, módulos de qualificação em gestão. Queremos que todos tenham, além da formação específica do curso escolhido, noções de empreendedorismo, para que aqueles que desejem iniciar seu próprio negócio estejam mais bem preparados para fazê-lo”, ressaltou a presidente.
Novidades
Dilma também reforçou uma nova característica que irá ampliar as oportunidades dos cursos ofertados. A regulamentação do chamado itinerário formativo – permitirá que o conhecimento adquirido em um curso de formação profissional seja aproveitado, para efeito de carga curricular, em um curso de nível superior.
“Assim, um estudante que fizer um curso de qualificação profissional de Eletricista de Rede de Distribuição de Energia Elétrica, por exemplo, poderá aproveitar os créditos quando fizer o curso de Técnico em Eletrotécnica”, exemplificou.
Dessa forma, o País está se aproximando cada vez mais da chamada “economia do conhecimento”, em que o Brasil aproxima suas estruturas de ensino formal às necessidades empresariais, no âmbito da inovação e dos avanços tecnológicos. “Vamos fazer do Pronatec um instrumento que incentive os jovens e trabalhadores a continuar estudando, processo cada vez mais valorizado no mercado de trabalho”, ressaltou a presidente.
Esse processo, segundo Dilma, já está em fase de implementação. “Nunca é demais lembrar que este processo, que já está em curso, passará por um salto exponencial com a destinação para a educação de 75% dos royalties e de 50% do fundo social do pré-sal. Será uma injeção gigantesca de verbas em toda a educação”, completou.
Parceria com o Sistema S
O programa está organizado em uma grande rede de parceiros que uniu o governo federal à iniciativa privada, por meio do Sistema S, aos institutos federais de educação tecnológica e às escolas técnicas estaduais.
“Vale lembrar ainda que o SENAI está implantando, em todo o Brasil, 25 institutos de inovação e 60 institutos de tecnologia. Com um empréstimo do BNDES, estamos apoiando este esforço da indústria brasileira que resultará em mais inovação, mais tecnologia e em uma mão-de-obra muito mais bem formada, contribuindo para aumentar a competitividade de nossa economia”, afirmou.
Ao oferecer conhecimento e novas técnicas ao trabalhador, o Pronatec qualifica a indústria, reduz a exigência e o dispêndio com treinamento dentro das empresas, aumenta a produtividade e amplia a renda de todos. Ganham os jovens e trabalhadores, ganham as empresas, ganha o Brasil.
Mudanças
Segundo a presidente, a mudança estrutural no ensino profissionalizante com o Pronatec fortalece o acesso de brasileiros de baixa renda à educação superior e à formação profissional para que obtenham empregos estáveis e de futuro.
“O Pronatec, em suas duas fases, é uma política fundamental para fazer com que esta inversão da pirâmide em direção à igualdade se torne perene na vida da maioria dos brasileiros”, ressaltou a presidente.
Fonte: com informações do Portal Brasil e Portal do Planalto